terça-feira, 1 de abril de 2014

Ampulhetas e borboletas

Foi um sopro
Apenas um sopro
Desses que revolve as coisas mornas
Tempestade de areia
Que cega
Incomoda...
E a saudade se desvencilhou
Restando apenas
A decepção e a incerteza dos atos
O sopro frio do inverno
Que invadiu a primavera
Dos dias a espera
A areia que se foi
Com o quebrar da ampulheta
Foi-se o tempo
Foi-se tudo
Mas passa
Tudo passa
Porque o ciclo da lagarta
É virar borboleta
É a renovação
Arrumar as gavetas
Esperar o desabrochar
De novas violetas.
Malu Aguiar