sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Tempestade

Quando você disse adeus
E a porta se fechou
Eu pensei: o que faço agora?
Se a sua voz ainda ecoava em meus ouvidos:
“Te amo, esse é nosso para sempre!”
Gritei, falei mal, te amaldiçoei mil vezes...
Recusava-me a acreditar
Que você fosse capaz de fazer assim
Simplesmente abrir a porta e sair
Olhei para trás e vi seu rastro de destruição
Como uma tempestade de verão
Devastou tudo que, com amor, foi construído.
Noites em claro
O raiar do dia
E o tempo foi passando
Mas como um pássaro
Que ressurgi das cinzas
Das sobras, dos escombros, construí minha base,
Mais sólida, mais lúcida...
Decidi não te esperar
Trilhei meu próprio caminho
O “para sempre” agora, para sempre esquecido,
Quando falam de você nem dou ouvidos
Pois para viver
Hoje tenho outros motivos.

Malu Aguiar