sábado, 17 de outubro de 2015

Felicidade de papel

De repente você pisca os olhos
E lá se vai mais uma semana
Pisca mais uma vez
E lá se vai um mês, um ano, uma vida
Ao essencial não foi dado o devido valor
Ao amor, o carinho, a gratidão...
Foi-se tudo!
Foram-se as oportunidades
Do beijo roubado
Do sorriso largo e espontâneo
Do carinho de mãe
Tudo!
Pois tudo tem o seu tempo
E o tempo... ah o tempo...
Este é implacável, ritmado e imutável.
Atribui validade a tudo
Especifica, delimita
Engana-se o tolo
Que acredita existir um “Para sempre”
Pois este é o agora
E perdido o agora, só o que resta
É o desconsolo. 

Malu Aguiar