segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Rua da esperança

Não sou aquele tipo
Que passeia por lençóis alheios
Para satisfazer anseios de sentimentos vazios
Não sou daquelas mulheres
Que sempre dizem sim
Para um rostinho bonito
Uma conversa sem conteúdo
As embalagens não me atraem
Tão pouco quero ser vitrine...
Os dias passam
As horas mudam
E com elas o meu Eu
Já não me sinto assim...
Tão apegada, meio dependente.
Consigo ver a vida por outros ângulos
Enxergar novas oportunidades
A cada dia um tijolo
Um passo para um muro
Ainda que a cada volta
Eu me disfarce e me desfaça
Sempre fica alguma coisa
Um restinho que seja
Dos tijolos ali colocados
Enquanto você vive de pousos
Eu exercito as minhas asas
Pois o que eu quero
São vôos mais longos
Muito mais distantes.

Malu Aguiar

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