quinta-feira, 20 de junho de 2013

Enferma vida

 Já não lembro mais
Quando cheguei aqui
Como vim parar aqui
Os dias vão passando lentamente
Quando olho atento
Pela janela dessa prisão sem muros
Me dou conta
De que novamente é Primavera
Alguns chegam
Outros se vão...
Sinto a esperança escoar pelos meus olhos
A cada lágrima que cai
Pela saudade de casa
Do convívio com as pessoas
Da vida que levava
De mim!
Vivo nessa espera sem fim
Por um diagnóstico
Que me dê garantias
De que sentirei o sol mais uma vez
Beijarei seu rosto mais uma vez
Sentirei o que é ser livre
Pelo menos mais uma vez
Que traga o fim dessa indefinição
E um habeas corpus
Para me tirar dessa prisão.

Malu Aguiar

2 comentários:

  1. Amiga, muito emocionante. É um texto vivo, que nos traz imagens reais, forte e dolorosas...
    Parabéns!

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