Bebo numa taça de prata
As últimas gotas de amor
Como areias do tempo
Presa numa ampulheta
Como um punhado de areia
Que seguro nas mãos
O amor foi esvaindo-se
O vento da desilusão
Soprou forte
No meu castelo de areia
E o mar de lágrimas
Contribuiu para derrubá-lo
O coração
Que antes aquecia
Ao ouvir o seu nome
Tornou-se meu algoz
Dilacera-me a cada batida
Golpeia meu peito
Como um instrumentista
Que bate com força
Para que o som do tamborim
Emudeça a sua dor
Malu Aguiar
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