terça-feira, 16 de julho de 2013

Precipício

As coisas não mudam
Por mais que eu explique
Que eu te peça
Temo que isso nunca vá mudar
O curioso é que
Não apenas eu reclamo
Tantas outras disseram a mesma coisa
Mas você é sempre
O senhor da razão
Alguém que guarda consigo
As suas verdades no bolso
E não se desfaz delas por nada
Você está sempre certo...
Seu orgulho
Sua tolice
Seu ego tão gigantesco
A sua forma egoísta de levar a vida
Transformaram-me no que estou representando
Um ser hibernado
Dona de um amor contido
Que vem definhando
A cada dia que passa
As coisas bonitas que pensei
Os planos que fiz
Foram se desfazendo
E a única coisa que sobrou
Foi o carinho
Que em nada se compara
Ao que já senti um dia
Até a vontade do reencontro
Se confunde com o medo
De alimentar falsas esperanças
E acabar esfacelando
Um coração já cheio de rachaduras
Mas você não se importa
Nunca foi seu se importar com outras pessoas
Agir por um bem comum
E se ao ler esse poema
O seu primeiro pensamento
For que a culpa é minha
Tudo bem...
Se em tantas outras coisas
Elas foram
Por que não aceita-las mais uma vez?
Guardá-la-ei numa caixinha
Junto com todas as outras
Com os sonhos esquecidos
E os planos desfeitos
Quem sabe um dia
Eu consiga achar para elas préstimo
E elas me tragam algum benefício
Mas por agora
Não quero manter-me
À beira desse precipício.

Malu Aguiar

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