segunda-feira, 29 de julho de 2013

Tanto...

Estou tão cansada
De tantos desentendimentos
Falsas verdades
Despedidas...
Estou tão chateada
Tão magoada
Sem saber o que fazer
É tão difícil viver de incertezas
Dormir feliz por ter falado com você
Por você ter ligado
Enviado sms
Acordar
E passar o dia triste
Por descobrir que você mentiu
Lembrar do seu ar de cinismo
E sarcasmo ao exclamar:
“Ta louca é?”
De sofrer com a espera inconsciente
(sim, pois coração não pensa)
Por um carinho
Um tempo nosso
Era só o que eu queria
Mas nunca pude
Você nunca pôde
Não pra mim...
Eu estava tão feliz
Acreditando num nós
Nós dois
Quem sabe depois de algum tempo
Fôssemos nós três
Eu só quis cuidar
Amar
Mesmo do meu jeito
Torto e confuso
Eu sempre quis o melhor para nós dois
Mas pra você
Só interessava o melhor para si
Tudo o que coubesse
No seu “código de normalidades”
Que tanto me machuca
Agora
Me vejo sem forças até para discutir
Me desentender
Não quero mais ouvir
Justificativas, explicações
Que não cabem nos meus conceitos
E talvez nunca caibam
Como um animal ferido
Recolho-me
Sofro e entristeço
Disse que não quero mais te ver
Não por ter deixado
De gostar de você
Ou por já ter esquecido
Do carinho que um dia houve
Mas por ter certeza
De que o coração é traidor
Ou suficientemente insensato
Para esquecer e perdoar
Mas não quero viver
De perdão e aceitação
Amar sozinha dá trabalho
E muito dói
Não quero meus olhos
Sendo fonte de orvalho

Malu Aguiar

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